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Comunidade Noiva do Cordeiro


Localizada a 20 km da cidade de Belo Vale, e a 120 km de Belo Horizonte, esta comunidade vem a 5 gerações sofrendo com o preconceito, calúnia e difamação devido a uma atitude corajosa de uma mulher em 1890.

História: Na região vivia Maria Senhorinha de Lima, nascida no povoado de Roças Novas, distrito de Belo Vale, que se casou com Arthur Pierre por imposição do pai.

Numa atitude pouco comum na época, abandonou o casamento e foi viver com o amante, Chico Fernandes, de quem já estava grávida. Isso foi uma afronta para uma região altamente católica, em consequência, o padre Jacinto a excomungou a sua descendência até a quarta geração.

As mulheres do local passaram a ser taxadas como prostitutas e criaram uma sociedade com regras próprias de convivência.

Na década de 1950 o pastor evangélico Anísio Pereira se juntou à comunidade e se casou com Dona Adelina, que no início do Século XXI era considerada a matriarca da comunidade. Então foi criada a Igreja Noiva do Cordeiro, que tinha preceitos rígidos. Por outro lado, a discriminação aumentou, pois os católicos diziam que a igreja evangélica era uma fachada para a prostituição.

Em 1995, o Pastor Anísio faleceu, e isso fez com que as pessoas do local se afastassem de suas rígidas orientações religiosas. Em 1999, foi fundada a associação dos moradores do lugar. Em 2010 o local era habitado durante a semana por mais ou menos 200 mulheres, que tem como característica o trabalho comunitário em forma de mutirão. Os homens da comunidade trabalham nas cidades próximas. Enquanto algumas se ocupam da lavoura, outras assumem o cuidado das crianças. Há um casarão colonial e, no fundo, uma grande casa onde vivem pelo menos 40 famílias. Além disso a comunidade conta com uma fábrica de roupas e de produtos artesanais que são vendidos para as lojas da região e da capital.

OBSERVAÇÕES: A comunidade não possui nenhuma estrutura física para receber os visitantes. Restaurantes, bares ou pousada não existem. Os visitantes são recebidos nas casas dos moradores com muita simplicidade e carinho. Por isso, para conhecer esta comunidade, seus moradores, seu artesanato e sua história contada por eles próprios, é necessário que se faça um agendamento da visita pelo e-mail baixo.

Responsável pelo agendamento: Élida e-mail: elidadayse@hotmail.com

Foto: TV Alterosa - Viação Cipó


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